Olimpíadas, Atividade Física e o impacto na Saúde
Faltando poucas horas para a abertura oficial dos Jogos Olímpicos, a expectativa mundial está em alta e nossa atenção será voltada para as impressionantes exibições de desempenho físico e resistência. Esses eventos servem como um lembrete universal da importância de nos movimentarmos mais.
A revista The Lancet, em sua publicação de julho de 2021, destacou evidências científicas de que eventos esportivos como as Olimpíadas incentivam a reflexão sobre a importância da atividade física e os benefícios do esporte. Dados de vigilância epidemiológica e digital mostraram que, após eventos esportivos, o interesse da comunidade por exercícios físicos aumenta significativamente.
A prática regular de exercícios está associada a uma melhora expressiva na saúde mental e na qualidade de vida. No entanto, apesar das evidências que demonstram seus benefícios, os níveis globais permanecem preocupantemente baixos. Aproximadamente um a cada quatro adultos não atinge as recomendações mínimas de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana, e crianças e adolescentes muitas vezes ficam abaixo dos 60 minutos diários recomendados. Esses baixos índices representam uma séria ameaça à saúde pública.
Responsável por cerca de 5 milhões de mortes anuais em todo o mundo, a inatividade está diretamente ligada ao aumento de doenças crônicas, como diabetes, câncer e hipertensão.
Com a expectativa crescente de conscientizar a população, a necessidade de promover hábitos saudáveis e aumentar os níveis de atividade física é mais importante do que nunca. A OMS estima que entre 2020 e 2030, 500 milhões de pessoas poderão desenvolver doenças devido ao sedentarismo, gerando um impacto econômico significativo, com custos anuais de US$ 27 bilhões.
Problemas de saúde na vida adulta frequentemente têm raízes na infância, o que reforça a necessidade de incentivar hábitos saudáveis desde cedo.
Os idosos frequentemente percebem as iniciativas de exercício como voltadas para as populações mais jovens, mas estes trazem benefícios substanciais para os mais velhos, incluindo proteção contra o declínio da funcionalidade e o risco de quedas, que é fator resultante de grande parte das internações hospitalares. Uma revisão sistemática e meta-análise, publicada em fevereiro de 2024, mostrou um efeito protetor da atividade física moderada a vigorosa contra a sarcopenia, condição de perda gradativa da massa muscular associada ao declínio da força e do desempenho físico.
Pesquisas qualitativas mostraram que estes acreditam que a atividade física é inacessível e ineficaz devido ao declínio funcional relacionado à idade. Além disso, condições como fragilidade e comorbidades são vistas como barreiras para a participação em programas de exercício.
No entanto, para que os benefícios da atividade física sejam plenamente aproveitados, é essencial que a prática seja adaptada às necessidades individuais, considerando a heterogeneidade das populações. A personalização e o monitoramento contínuo são fundamentais para garantir a eficácia dos programas de exercício, especialmente para aqueles com condições de saúde específicas.
Como a OpenHealth Technologies Contribui para a Saúde Global
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